Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

domingo, abril 03, 2005

A história do menino que chorava e da menina que era sempre feliz

No que será que eu estava pensando ontem?? Po, eu não tô lembrando de nada.... Que decadência!... Po, então vamos tentar alguma outra coisa.

*Listening to: Viva Forever, Spice Girls.

É, assistir ao final de Ayashi no Ceres me deixou um tanto quanto emotiva.... Estou me sentindo uma mulherzinha ultimamente... Ultimamente eu to chorando! Pois é... Chorei quando briguei com o namorado, chorei depois de ter voltado com ele, chorei admirando o luar, chorei quando o papa morreu, chorei quando morreu o velhinho na novela do "Vale a pena ver de novo", chorei quando me fodi em física, e agora chorei quando acabou a série de anime que eu estava assistindo agora a pouco.Ultimamente eu tenho chorado, chorado, chorado e, quando eu acho que parei, eu choro mais um pouco. Aaaaaaargh! Por que será que isso acontece com as pessoas? Digo, por que as pessoas se sentem mal quando estão mais emotivas, e sentem tanta dificuldade em admitir que choram? Antigamente chorar era coisa de mulher, mas hoje em dia nem mesmo as mulheres choram!! Será isso mais um fruto da nossa sociedade cruel e manipuladora?? Uuuuhhh... Onde será que nós vamos parrar assim?? Daqui a pouco ouvir alguém dizendo "eu te amo" vai ser tão difícil quanto é ver alguém chorando hoje em dia.... Fiquei com medo agora!

Ah, pouco a pouco eu vou lembrando das coisas que eu ia escrever mas acabava esquecendo... Bem, vamos fazer a historinha de alguém imaginário então:...

Era uma vez uma menina que não chorava. Ao contrário, não ficava triste com nada, e sempre via o lado bom de tudo. Então ela estava sempre feliz. Mas nem tudo eram flores: algumas coisas não tinham um lado bom, então ela se forçava a apresentar uma aparência feliz, mesmo estanso triste por dentro. E mesmo essa tristeza ela se forçava a esquecer, e passava por cima das adversidades com o pensamento fixo de que "nada é totalmente ruim".

Do outro lado da cidade vivia um menino que sempre via o lado ruim das coisas, de uma certa forma. Não era bem o lado ruim, era o lado verdadeiro das coisas. E nem sempre a verdade é boa... Mas nem por isso ele era pessimista. Havia sempre aquele brilho de esperança no olhar dele. E ele chorava. Sim, era um menino que não tinha nada contra expressar seus sentimentos. Não via o menos problema em demonstrar estar triste com alguma coisa, e demonstrar é o primeiro passo para superar.

Um belo dia foi o primeiro dia de aula. Não um primeiríssimo dia de aula, quando as crianças vão para o jardim ou para a classe de alfabetização (o CA)... O primeiro dia de aula na quinta série. A menina estava radiante: era o seu primeiro dia na escola nova e, apesar de estar com saudade dos amigos que ficaram no colégio antigo, estava feliz com a idéia de conhecer muitas pessoas novas. O menino não estava tão animado assim. Estava com saudades dos amigos da escola antiga também, e no fundo sabia que iria acabar substituindo-os pelos amigos que iria fazer no novo colégio.

Na hora do recreio, as crianças brincavam alegremente, aproveitando a bela manhã de sol. Nem reparavam na menina que comia sozinha na ponta do banco perto do muro. Muito menos no meino que também comia sozinho, sentado na outra ponta do mesmo banco. Mas ele via a menina, e a menina percebia ele também. Ela ficava se perguntando "por que aquele menino chora em silêncio quando está um dia tão lindo e todos brincam tão animados?" enquanto ele se perguntava "por que aquela menina me olha com um sorriso tão alegre e espontãneo? ela não percebe que as outras crianças nos ignoram e que será muito difícil conquistá-los como amigos?".

Então a menina se sentou mais perto do menino, e eles começaram a conversar. A professora, ao longe, apenas observava seus dois novos pupilos. Percebia a grande transformação que aquelas duas crianças tão diferentes trariam para suas vidas, e para toda a turma. Eles passaram todo o recreio conversando, e durante a aula que veio a seguir puseram suas mesas uma ao lado da outra. E conversavam em todos os momentos possíveis. Conversaram na saída, e descobriram que voltariam juntos na mesma condução (N.E.: uma espécie de ônibus que leva os alunos da escola pra casa). Continuaram conversando durante a volta pra casa e descobriram que moravam na mesma rua.

No dia seguinte, um esperou o outro para irem juntos e, ao se reencontrarem, se abraçaram come se tivessem passado todo o verão separadados.

E assim se passou a quinta série: sentaram juntos o ano todo, estudavam juntos para as provas, estavam sempre juntos nos grupos para fazer so trabalhos, e até eram do mesmo time de Queimado no recreio. Com o tempo conseguiram se enturmar, mas todos os outros ficaram em segundo plano. Quando um ficava doente, o outro chegava da escola e ia imediatamente visitar o outro. As mães nem se preocupavam quando não encontravam o menino ou a menina em casa. Onde um estivesse o outro certamente estaria. E eles estariam bem porque estariam juntos.

Nas férias viajaram juntos, e um foi pra casa da titia do outro. Os adultos achavam bonitinho um menino e uma menina tão diferentes se danto tão bem e sento tão unidos.

Na sexta série as coisas continuavam como sempre, e na sétima também. Quem os visse acharia que eram irmãos ou então namorados.

E foi justamente quando as coisas iam tão bem, que tudo começou a desandar. Chegou a oitava série, e os outros alunos começaram a mudar. O queimado no recreio acabou, e começaram a aparecer os primeiros namoradinhos. O termo BV passou a fazer parte do vocabulário da turma, e utilizá-lo de forma inadequada gerava briga, ou fazia uma garota ir correndo chorar no banheiro. E o menino começou a gostar da garota popular da escola, e a menina começou a gostar do garoto mais popular. E eles se distanciaram. O garoto começou a andar todo cabisbaixo, chorando pelos cantos ("ela não vai me notar nunca") e a menina mais alegre do que nunca ("ele ainda vai reparar em mim"). E eles nem se falavam mais, e passavam as aulas com os outras pessoas. Nunca mais voltaram juntos, ou sentaram um do lado do outro. Nem conversavam baixinho durante a aula. Quem os visse diria que nem se conheciam.

Os dias iam passando, e cada um com o seu amor platônico e seus novos amigos, e a cada dia eles iam sentindo um vazio que ia crescendo. Alguma coisa estava faltando. Até que um dia eles perceberam: o menino sentia falta da menina e seu sorriso eterno, que sempre lhe mostrava que a vida tinha um lado bom, e a menina estava sentindo falta dos olhos tristem do menino, que sempre lhe mostravam que nem tudo na vida é alegre e bonito.

E eles se reencontraram na escola no dia seguinte. E se abraçaram, como se desde aquele primeiro dia no recreio eles não se vissem. E se beijaram. Sim, como se tivessem combinado tudo antes, apenas se soltaram so abraço, se olharam, e então aconteceu. E foram transportado para o mundo que eles haviam contruído só para eles, na época em que eram melhores amigos e jogavam queimado no recreio. Nem ouviam os outros alunos fazendo comentários e gracejos, nem ouviram o sinal tocar, anunciando o unício da aula naquele dia.

A professora estranhou a falta dos dois alunos, mas sabia que agora tudo iria ficar bem. Eles estavam juntos de novo: o realismo de ver as coisas como são e a capacidade de ver o lado bom das coisas, apesar de tudo. Eles estavam juntos, e para sempre.

THE END

Bem, não ficou exatamente o que eu esperava, não explorei bem o ponto de vista dos dois protagonistas... Mas eu gostei. Ficou fofinha! XD

5 comentários:

Bahia disse...

Nossa, você tinha dado uma sumida legal, (mais um pouco e eu te escrevia perguntando de vc!) mas quando volta, volta com tudo! Hehehe... mas pode deixar, se depender de mim seu reino não vai falir por causa da falta de turismo! :) (mesmo que ele venha atrasado!) E obrigado pela solidariedade na menção do post de 6a, na parte do "Seguindo a tendência generalizada"... hehehe :)

Adorei, muito bonita a sua história, vc é bem criativa! É sobre pessoas imaginárias mesmo, ou tem alguém que vc conhece no meio?

Quanto a história do cara do faraó, olha, nem te conto, humano ele é, só completamente doido, começou a me mandar emails me chamando de "Meu divino faraó" e outras coisas do gênero!!! Sei lá o que esse cara quer comigo! Hehehe! Não me sinto nem muito bem de falar disso direito por aqui, se for o caso depois eu te conto a história por email!

Ah, queria te perguntar uma coisa, como você colocou aquele desenho no seu profile? Eu queria colocar uma no meu também, pra deixar o blog menos "xoxo", mas os lugares que eu tento armazenar o JPG não carregam o link :(

Bjos e boa semana menina!
Legal lê-la de novo :)

Anônimo disse...

E ae julia...estavamos conersando ontem qdo a droga da conexão caiu...e naum consegui voltar mais...
Mas sobre o post...kra, como vc disse tah enorme, mas tbm mto criativo,e acho q tem algum signifado por dentro de td isso(ou eh coisa da minha cabeça...rs).Por isso eu tenho uma pergunta...a história eh imaginaria ou vc se inspirou em alguem da vida real pra escrever isso? Dps vc me responde...
um abraço, ju....

Bahia disse...

Aaaah, eu não tenho conta nesse "Hello" aí :( ... Poxa, eu podia te "explorar" ?? A foto que eu pensei agora em colocar só tem 3 kb, será que eu não podia usar seu espaço? :) Aí eu lhe mandava por email mesmo... vamos lá, me dê uma forcinha! :)

Xiii, nem tenho MSN, todo mundo me pergunta isso, mas não curto muito esses programas... fico só nos emails, blogs e Orkut mesmo! Mas eu posso te mostrar depois as "pérolas" que o cara me mandou... numa hora ele me chama de "divino faraó", noutra de "assecla de Satã"... huahauahuahaua
Bjos

Anônimo disse...

puts xuby, esse deve ter sido o seu maior mega-monstro-post de todos....q isso muleh, q q tem dentro da sua cabeça? um mundo? vc agora nao foge d ser escritora....tah tb pode ser soh por hobbi....mas vc jah tem mtos fas p/ serem desapontados! nós(pelo q parece todos) amamos o q vc escreve. kem nao gosta? ae amiga eu t apoio pacas nesse lance d escrever, vah em frente libere a sua criatividade, q nois leitores agradecemos...te amuuuuu bjao

Bahia disse...

Aaaaaahhhh.....
Eu ia falar do post, da acupuntura, do contador, do shiatsu, da música celta... Mas vc bloqueia comentários do último post assim, sem dó nem piedade, então não comento nada, só de pirraça ! :-P

Mas falando sério agora, bjos e melhoras... às vezes é assim mesmo, a gente SABE que tem que terminar, que é o certo a se fazer, por mais que a gente sofra um pouco com isso. Já passei por uma situação dessas uma vez antes, sei como é...

(droga, não resisti e comentei sem querer!!)

Volte sempre e use filtro solar.


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