Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

quarta-feira, junho 29, 2005

Plantão de notícias- vol 1

Ok Jill... Valeu pela introdução e pela parte que me toca. Mas vamos para a parte que interessa: a vida anônima das personalidades. Isso é o que eu consegui reunir por enquanto, já que eu fui notificada recentemente que alguém resolveu colocar alguma ordem nessa anarquia toda que estava instalada no meu Castelo. Pois é, que governante podre que eu sou... Tenho que reconhecer (shame!)... Mas não o tempo todo!!Antes tarde do que nunca, aqui estou eu com as últimas notícias (ou com os útimos babados, se preferir).
Com a chegada das personalidades alternantes, alguns dos quartos do Castelo finalmente foram ocupados definitivamente. Poxa vida, o Castelo já estava ficando com cara de hotel, com os aposentos sendo ocupados apenas de tempos em tempos (mesmo aqueles que já tinham dono). Agora, a Alice, a Dorothy, a Eirianel e a própria Jill (é, nem essa ficava muito tempo por aqui) já têm seus próprios aposentos e vão ficar definitivamente.Já vou avisando umas coisinhas: não quero festinhas privês feitas sem autorização que me excluam da lista vip, não quero toalhas molhadas deixadas em cima da cama, não quero guerra de comida no salão de banquetes, e o mais importante, espero que vocês compreendam que o serviço de tv à cabo ainda não abrange a totalidade dos Reinos imaginários, então nada de televisão por enquanto. Tirando esses detalhezinhos, podem ficar totalmente à vontade. Podem nadar nas banheiras, podem dormir tarde, podem pular na cama, podem correr pelos corredores, e podem escorregar pelo corrimão das escadas. Divirtam-se!
Bom, nos primeiros dias tudo foi bem normal, e as festinhas privês que a Dorothy organiza são realmente muito boas. Além de ser uma ótima promoter, ela me emprestar algumas das roupas que ela têm no guarda-roupa perfeito dela! Mas começaram a aparecer alguns pequenos barracos, como por exemplo a Alice insistindo em dormir com a luz acesa por causa do seu medo do escuro (e também medo de que aquele gato listrado vá aparecer no meio das sombras enquanto ela dorme), e a Eirianel reclamando que a luz chega até os aposentos dela, na ala em frente, e que supostamente perturba as longas horas que ela passa contemplando a noite e refletindo sobre a condição humana (tudo sempre muuuito profundo).A Jill de Copas ultimamente andou numa depressão muito profunda, causada invariavelmente por homem. É aquele velho lance com o rolo mal resolvido dela, que ainda está rendendo desde mais ou menos setembro do ano passado. A salvação foi aquela boa e velha tpm sinistra quel ela tem, que dentre outros efeitos bizarros faz ela voltar à lucidez, e neste caso fez ela perceber que estava perdendo seu tempo nutrindo um sentimento tão bacana por um cara que não merece, ou pelo menos nos faz pensar que não merece, ou mesmo se merecer (ok, talvez lá no fundo todo mundo mereça ser amado algum dia), que não vai dar certo da maneira que deveria acontecer. Bom, da depressão ela conseguiu se livrar. Agora, deixar de gostar do cara vai ser bem mais complicado, especialmente porque agora perece que tem cois cupidos ajudando esse casal a se entender... Vai ser mesmo bom que eles se entendam, porque eu nunca vou conseguir entender aqueles dois. Tudo bem, talvez eu entenda a Jill, afinal eu sou parte dela, mas daquele cara eu já desisti. Quando ele foi feito, esqueceram de anexar o menual de instruções. Ele consegue vencer todo o poder de análise de qualquer uma das personalidades presentes no Reino. Até mesmo os visitantes externos que já tiverma contato com essa novela mexicana da vida real (porque é isso mesmo que essa história é, e não adianta tentar negar) não conseguiram chegar a qualquer conclusão. Por enquanto, parece que eles estão assim: ela gosta pacas dele e ele está balançado por ela desde os primórdios, ele não toma nenhuma iniciativa por alguma razão ainda desconhecida (talvez ele seja um garoto tímido por trás de toda aquela marra) e ela não faz nada porque tem praticamente certeza de que não vai dar certo e então não vale a pena todo o esforço. Mas deixa isso pra lá. Com os cupidos em cima desses dois, talvez esse rolo finalmente se desenrole. Definitivamente não é problema meu.

Bom, agora eu vou ficando por aqui enquanto procuro no meio dessa zona mental onde foi que eu guardei o relato do outros dias daquela viagem que todos nós fizemos pela Estrada de Tijolos Amarelos. Que tal os quatro que eu já postei?

~Rainha de Copas

domingo, junho 26, 2005

Uma Viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos - 4º dia

Na manhã seguinte, a Dorothy apareceu logo após o café da manhã. E ela vinha sentada sobre o tapete em que o hippie estava tocando violão. Na verdade, esse era um tapete voador que ele tinha faturado numa viagem ao Oriente Médio na época da virada do milênio. Lá ele tinha conhecido um árabe muito doido que acreditava que o fim estava próximo e que na hora do julgamento Elvis desceria à terra para levá-lo ao paraíso, só que o riponga tinha dito pro cara que Elvis não tinha morrido. O árabe então, tendo seu sonho destruído ("É, brohter, o sonho acabou"), se desiludiu com a vida e virou homem-bomba. Só que a Dory estava sozinha, e acabou revelando que na noite anterior uns caras baixinhos muito estranhos tinham aparecido e levado o hiponga, que parecia alegre e satisfeito, e estava até cantando uma musiquinha engraçada ("Eu vi dueeeeeendes, ha ha ha ha ha ha haaaaaaa, duendes são nossos amigos, duendes não fumam cigarros, eu vi dueeeeeendes...."). O cara tinha ido tão desligado que deixou o tapete em cima da pedra. _ Ai, agora tô achando que vou sentir saudade do Jonny...

_ Qual era o nome dele!?

_ Ah, era John. Mas todo mundo conhecia ele pelo sobrenome, Lennon.

_ Eu sabia que conhecia aquela história de destruição de sonhos de algum lugar!
Pois é, acabamos descobrindo qual foi o real fim do integrante mais psicodélico da maior (e que também foi a primeira) boyband do mundo. Ele não se suicidou, nem foi assassinado
pela suposta esposa. Ele foi levado numa madrugada pelos duendes que entregam cogumelos mágicos em casa.
Mais tarde, nesse mesmo dia, acabamos avistando ao longe uma fumaça escura. Ao chegarmos mais perto, avistamos algumas colinas pegando fogo, ao som de uma banda de rock:
"This is not a test

Of the emergency broadcast system

When Malibu fires and radio towers

Conspire to dance again

And I cannot believe the media Mecca

They're only trying to peddle reality

catch it on prime time, story at nine

The whole world is goin' insane


When the hills of Los Angeles are burnin'

Palm trees are candles in the murder wind

So many lives on the breeze

Even the stars are ill at ease

And Los Angeles is burnin'"

(trecho de Los Angeles is Burnin', do Bad Religion)


Ninguém podia fazer nada, a não ser aguardar a chegada dos bombeiros. Sim, o Reino tem uma companhia de combate a incêndios. E não é só porque eu me preocupo com a segurança da população. É também porque são necessários bombeiros para se criar um Calendário de Fotos de Bombeiros todos os anos. E também policiais, marinheiros, soldados, salva-vidas...

Enquanto estavam todos aguardando os bombeiros, a banda continuava tocando. E nós seguíamos a nossa viagem. Assim que saímos do alcance dos ouvidos das pessoas que se aglomeravam para ver o desastre (com uma curiosidade mórbida tão grande que eles nem mesmo de deram conta de que era a própria Rainha passando ao lado deles), alguém disse uma frase que se tornaria célebre entre os anti-americanistas:

_ When the hill of Los Angeles are burnin', eu tô do lado assando marshmallow. Por que eu devia me preocupar?

O resto do dia correu sem mais fatos notáveis.

*CONTINUA

sábado, junho 25, 2005

Uma Viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos - 3º dia

No terceiro dia, todos nós acordamos alegres e bem dispostos, e rapidinho nos pusemos a viajar de novo. Não demorou muito tempo, encontramos um hippie na beira da estrada, sentado num tapete em cima de uma pedra e tocando violão. Paramos para ouvir o cara tocar uma música que acabou nos chamando a atenção:

Dezessete anos e fugiu de casa
Às sete horas na manhã do dia errado
Levou na bolsa umas mentiras pra contar
Deixou pra trás os pais e o namorado
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
Pelo caminho garrafas e cigarros
Sem amanhã por diversão roubava carros
Era Ana Paula agora é Natasha
Usa salto quinze e saia de borracha

Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
O mundo vai acabar
Ela só quer dançar
O mundo vai acabar
Ela só quer dançar, dançar, dançar.
Pneus de carros cantam
Thuru, Thuru, Thuru, Thuru

Tem sete vidas
Mas ninguém sabe de nada
Carteira falsa com idade adulterada
O vento sopra enquanto ela corre
Desaparece antes que alguém acorde
Um passo sem pensar
Um outro dia, um outro lugar.
Cabelo verde, tatuagem no pescoço.
Um rosto novo, um corpo feito pro pecado.
A vida é bela, o paraíso um comprimido
Qualquer barato ilegal ou proibido
(Capital Inicial- Natasha)
Essa história se parecia muito com a de alguém que nós conhecíamos muito bem, e não era uma menina de 17 anos chamada Ana Paula. Era a Dorothy. Louca do jeito que ela é, só mesmo tendo uma história de vida assim. E rapidamente perguntei ao hiponga se a música era inspirada em alguém real ou apenas o fruto de alguma viagem que ele tenha feito de mãos dadas com algum duende a base de cogumelos mágicos. A resposta foi surpreendente: ele era o namorado que a tal menina abandonou quando resolveu cair na vida, mas ela não se chamava Ana Paula, e ele não tinha prova alguma de que ela havia trocado seu nome para Natasha, passado a usar salto quinze ou saia de borracha, pois ele nunca mais havia tido qualquer notícia sobre ela. Quando indagado sobre o motivo para ele ter trocado o nome original da menina, a resposta foi apaixonada: ela devia ter tido bons motivos para partir, mas que não podia revelar. Um nobre mancebo ainda apaixonado depois de tantos anos pela mesma garota hoje em dia é de espantar até mesmo uma rainha como eu. Nessa hora, percebi que a Dorothy estava um tanto quanto nervosa e inquieta, se escondendo no meio do mulão que nos acompanhava. Percebi na hora toda a verdade, e era uma situação tensa.
Sem querer o cara havia encontrado sua Dorothy perdida há tantos anos. E como ninguém estava a fim de ficar segurando vela, continuamos viajando pela Estrada de Tijolos Amarelos até a hora do almoço, quando resolvemos parar para esperar a Dory nos alcançar.
Esperamos o resto do dia e ela não apareceu. Resolvemos acampar ali mesmo, e todos dormimos um sono leve e sem sonhos, perturbado insistentemente por qualquer barulho da natureza que pudesse ser a Dorothy chegando. De madrugada, fui acordada por umas pessoinhas estranhas que queriam uma informação: procuravam um hippie sentado num tapete em cima de uma pedra que tinha reencontrado uma namorada antiga, e encomentou uma remessa especial de cogumelhso mágicos para comemorar o acontecido. Alguma coisa me dizia que esses carinhas eram os tais duendes que iam de mãos dadas com o hiponga, mas eu estava com tanto sono que acabei achando que não eram não, e voltei a dormir.


*CONTINUA

sexta-feira, junho 24, 2005

Guia de Leitura, ou Guia do Mochileiro do Reino de Copas- uma nota de tradução

Gente, o Castelo de Copas está cada vez mais doido. Eu reconheço... Mas tá ficando bacana, né?
É por causa desse surto todo que eu estou aqui, com uma nota de tradução... Então, como dizia o Jack, vamos por partes:

1º ~ Que história é essa de múltiplas personalidades alternantes??

Calma, eu explico. Começou com aquele post sobre a fuga da realidade, e depois com aquela viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos. Foi aí que eu resolvi assumir de vez as personalidades, nessa época tendo apenas a Rainha de Copas, a Alice (do País das Maravilhas) e a Dorothy (do Mágico de Oz). Com a minha última fossa cavalgante, resolvi expor ao mundo a personalidade original, a mente doentia que deu origem a todo esse mundo mitológico (e que por acaso está escrevendo tudo isso agora), a Jill de Copas (sim, sim, eu!).
E agora, lhes apresento a minha última personalidade, Eirianel, que como deve ter dado para perceber, é a minha versão dark eapocalíptica, que será quem vai assinar os textos com as histórias profundas, com um quê de literatura gótica.

2º ~ Uma personalidade vai assinar os textos? Como assim?

Ah, não tinha dito que os textos serão atribuídos à personalidade que tenha mais a ver.
Bom, já disse ali em cima que a Eirianel vai ficar com a profundidade filosófico-insana da vida. A Alice vai ficar com os textos mais menininhas, afinal ela ainda é uma menina que não quer ter obrigações (praticamente uma versão loura do Peter Pan). A Dorothy vai ficar com os grandes surtos, afinal ela conseguiu entrar e sair do Reino de Oz, usa aqueles sapatinhos vermelhos totalmente estilo e tem todo aquele lance dos amigos bizarros. Ok, ela pode ficar com os textos onde eu for falar dos meus amigos também (se algum deles puder ser classificado como normal, que atire a primeira pedra!). A Rainha fica com os textos que trazem um pouco de seriedade para essa alucinação toda, mas sem perder a viagem, claro. Ela vai falar também do cotidiano, o big brother da nobreza e da vida de todas as personalidades no backstage. Afinal, alguém tinha que colocar um pouco de ordem na casa (ou no Castelo, se preferir), e ninguém melhor do que a própria governante do Reino para fazê-lo.

3º ~ E a Jill de Copas? Não vai ficar com texto nenhum?

Nossa, já estava esquecendo! Então, por último mas não menos importante, tem a Jill, eu. Vou ficar com a autoria dos textos que falem da vida fora do Reino de Copas, no mundo real (esse lance de realidade/ mundo real já rendeu um post antes), e com os posts que não tiverem nenhuma personalidade para reinvindicar sua autoria.

Bom, é isso aí. Espero ter trazido um pouco de clareza a essa confusão toda, e que você passe a gostar cada vez mais dos meus textos e dos meus delírios.

AGUARDEM: os próximos dias da viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos e a puxação de saco mais linda que eu já fiz.

segunda-feira, junho 20, 2005

Delírios apocalípticos sinistros

~Eirianel~

Um anjo. Sim um anjo. A humanindade não pode conter o poder da essência. Chegou a hora da revelação. As asas de gelo se abriram à luz da lua, brilhando mais do que o sol. Voando sobre terras e mares nas estradas da imaginação, ouvindo o rouxinol cantar sua canção de despedida na chegada do inverno. O livro das revelações para aqueles que conhecem a verdade, apenas fábulas para os que estão de passagem. Vaidade e fama não pagam o preço de sangue e lágrimas derramados pela arte. Um vulto nas sombras fugindo da luz, ocultando de todos o seu lugar ao sol. Horas de solidão esquecidas entre as palavras, e um coração gelado fugindo do sol.
Ainda não é tarde de mais para libertar a mente, mas a tristeza é o preço da vida consciente. Saber a intenção por trás do ato, conhecer o pensamente por trás da palavra, sofrer diante da cegueira da ignorância. Fique longe das mentes pequenas que não trazem benefício para a curta estadia do homem sobre a terra, cada segundo é precioso de mais para ser gasto com banalidades. Procurar pelo amor nas curvas do caminho e se deparar com falsas impressões e sentimentos equivocas fasem parte do treinamento do coração, nenhuma dor imposta é forte de mais para ser suportada. Sem prejudicar ninguém, faça o que quiser, se prejudicar, faça o que é preciso. Não desperdice seus atos, nem espere passar a dor da queda para se levantar e seguir o caminho. As lágrimas nos fazem ver a luz de uma nova forma.
Nos reunimos nos montes e nos bosques para saudar a grande mãe natureza. Estaremos juntos na hora do julgamento, nos reunindo após o toque da primeira trombeta. Assistiremos a chegada de cada cavaleiro do alto do templo da terra, impotentes diante da força da mãe e estáticos ante o sofrimento do homem comum. Não nos aflige a dor daquele que se recusou a encontrar a luz e preferiu o conforto da penumbra, sem nem mesmo escolher a profundidade das trevas.
É chegada a hora de escolher um caminho, que levará a muitas trilhas e encruzilhadas. Não tema os atalhos se não pederes de vista a direção tomada. Cada um trilha seu próprio caminho, alheio as promessas de mundos dourados e maravilhas luxuriantes. Só você conhece o caminho para a sua própria verdade.
Castelos ruem ante a falta de alicerces, e o reinado da consciência não se mantém ante o entorpecimento da lucidez. Rainhas dormem um sono embalsamado, aguardando a passagem das eras e a hora do retorno triunfal no mundo novo.
Liberte sua mente e venha comigo. Você não se arrependerá.

Sobrevivi

Pois é.... Nada como o tempo, o sábio tempo, de efeito analgésico e cicatrizante.
Consegui acordar pra realidade bem a tempo.
Mais detalhes depois, mas tem que ficar registrado que toda aquela fossa passou, e eu estou 100% recuperada. Eu não gosto mais dele, não que não possa rolar nada um dia, mas agora voltei a vida racional.

Beijokinhas....

quarta-feira, junho 08, 2005

E depois da tempestade...

Ok, eu sei que fui eu que escrevi tudo aquilo... Mas não era exatamente a mesma pessoa que estava de fossa no domingo. Era como se eu estivesse me forçando a ficar bem. Minhas amigas me forçando a ficar bem. Elas não gostam que eu fique mal, e acabam me convencendo a ficar bem, mesmo que isso não seja exatamente a verdade. Na maior parte das vezes é só uma máscara, uma imagem que eu crio ao meu redor para iludir os outros e a mim mesma. Aquele texto era como um mantra para me convencer de que eu estava legal e que a fossa não tinha fundamentos.
Mas como todo escorpiano que se preze é hiper-realista, eu sabia de toda a verdade. E me revoltei.
Na terça feira resolvi mandar o mundo todo para o inferno e assim que me vi livre eu fugi. Sim, fugi das aulas, das pessoas, desliguei o ceular e fui. Quando notei estava na Floresta da Tijuca às 3h da tarde sentada numa pedra vendo a água cair cachoeira a baixo. E eu estava pensando na vida. Sim, eu finalmente havia parado para pensar no que eu estava fazendo comigo mesma, no que estava acontecendo, no que eu queria pra minha vida e o porquê disso tudo. Essas perguntas ecoavam na minha cabeça, até que me veio a resposta.

Era o meu sub-consciente tomando o controle.
Sabe aquelas horas em que você fica achando que precisa gostar de alguem? Então, estava acontecendo o contrário. Eu estava precisando que alguém gostasse de mim. Não gostar pura e simplesmente. Mas que alguém me amasse daquele jeito. E foi por isso que todos aqueles fantasmas voltaram: todos eles, de uma certa forma, me amaram. cada um ao seu modo, mas me amaram. E eu estava desejando ter tudo isso de volta. E eu havia perdido o rumo da minha vida. Há alguns anos, auqndo eu havia me feito a pergunta "o que eu quero para o meu futuro", eu havia respondido que queria entrar pro segundo grau. Agora que eu estou finalmente no segundo grau, me fiz novamente a mesma pergunta mas não soube responder. E fiquei perdida. Acabei começando a fazer tudo intensamente. Minha vida passou a ser uma breve repeticão de muito, muito, muito e mais, muito mais. Mas essa quantidade toda não serve pra nada...
Na verdade serviu sim. Serviu para que eu percebesse que não era isso que eu queria pra mim. Que não é exatamente esse caminho que eu vou seguir.
E agora eu sigo a minha vida calma e tranquilamente, após mais uma tempestade.

Ps.: se eu soubesse que parar pra pensar em algum lugar calmo era tão bom, já teria começado a fazer isso mais vezes.

segunda-feira, junho 06, 2005

O fim da fossa

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
amores não resolvidos fazem mal à saúde.

Hauhauahuahuahauhau... E não é que isso é verdade!? Esses lances mal resolvidos realmente só atrapalham... O cara pode ficar todo estranho, achando que não rola nada onde tem alguma coisa, ou achar que tem alguma coisa onde não rola nada. Se ele for seu ex, pode acabar te ligando no sábado de noite marcando uma balada como se nada tivesse acontecido, ou começar a te tratar como amiga e passar a te contar suas façahas amorosas. Homens... Ninguém merece! Depois eles dizem que as mulheres é que são incompreensíveis... Eu desisto. Francamente, desisto!
E amores mal resolvidos voltam. Ele pode ser seu amigo, seu vizinho, estudar na sua sala ou te encontrar sempre na rua. O maldito fantasma de tudo que aconteceu volta, você se lembra, e acha que esse fantasma voltou com tudo, inclusive seu amor por ele. Será mesmo? Uns sim, outros não, alguns também. Mas o amor não tinha sido enterrado no mesmo túmulo que o cara? Haha. O amor pode ser cego, mas não é burro. Se parecer que é, é só parar para analizar e o amor toma jeito. Se não melhorar agora, melhora na manhã seguinte, mais tardar na semana que vem. Uhu! A validade da minha fossa venceu... hum... ontem! E hoje já é a manhã seguinte.
Tchururu... Fossas superadas, agora é a hora da diversão. Enjoy life at most! Sexo, dogras e rock'n'roll. Party every day... São tantas as possibilidades. Chega de amores farsantes e fantasmas do passado. Lembra da velha história de "cresça e apareça"? Então, cresci e apareci, só não tinha cabado de tirar a casca.... Nossa, liçãozinha de moral é f*! Mas voltando aos amores farsantes... Não é bem dos farsantes que eu estou cansada, é de todos os amores em geral mesmo. Amar é brega e está fora de moda. Estar aberta a novos relacionamentos? É ruim, hein... Disposta a amizades coloridas e olhe lá.
Falando em amores, o dia 12 tá chegando. Começar a namorar pra ganhar presente? Tô fora. Namorar dá muito trabalho e esse lance de presente é so consumismo... Já falei, comigo agora é diversão, diversão, diversão... DIVERSÃO, porra! Hauhauahuaha, nossa, me empolguei! Cansei de ficar nas sombras arrastando correntes... Vou juntar as amigas solteiríssimas que eu tenho e vamos tratar de curtir a vida como ela merece: intensamente (ui, deu medo de mim agora... eu sei do que eu sou capaz). Eu sei que eu digo isso sempre, mas agora é sério. Muito sério. Tem que ser.
Alguém a fim de se juntar a nós? Companhia é semprre bem vinda, mas sem envolvimento emocional, ok?

Aviso aos navegantes

Atenção,
Devido a fatores externos e internos totalmente desagradáveis, talvez a Jill de Copas entre numa crise de criatividade e fique algum tempo sem postar alguma coisa gloriosa. Peço a compreensão de todos, isso passa.

E tenho dito,
Rainha de Copas

domingo, junho 05, 2005

Post de desabafo: preparem-se para o meu drama nu e cru

Ai ai... Pela primeira vem em muito tempo eu não sei por onde eu começo esse texto... Poderia dizer a mim mesma: comece do início, mas esse início já é conhecido. Quem me lê desde os velhos tempos do finado Sereia de Shortinho vai saber do que eu tô falando... E não conseguiria ir tão fundo na ferida a ponto de chegar até o início dela.
Então, já que eu citei o início da história, vamos à continuação dela. Vou tentar fazer algum sentido.

I hate everything about you, why do I love you? Pois é... Isso realmente acontece na vida real, não só no showbis. Ele é bem o tipo de cara com quem eu adoraria não me envolver. Mas o amor é cego, merda!
Eu gostava dele no ano passado, mas deu tudo errado... É isso que dá ficar gostando de alguém em segredo. Você quebra a cara. Mas eu sobrevivi, como eu sempre sobrevivo, e parti pra outra. Viajei, conheci outro cara, gostei dele num nível muito mais alto do que eu sonhava ser possível, também me dei mal e também sofri pacas no final. Às vezes eu acho que só vou conseguir parar de apanhar do amor quando ele cansar de ferrar comigo, se depender só de mim eu sou um caso perdido.
Metade de mim quer mandar tudo para o inferno, chegar nele e falar na cara, passar por cima de tudo e de todos como um trem de carga e tentar aproveitar o melhor que for possível. Mas a outra parte não quer se expor a esse risco, quer continuar nas sombras e evitar transtornos desnecessários. Quer evitar passar de novo pelo que eu passei no fim do ano passado, justamente quando eu resolvi seguir o conselho da parte impulsiva de mim. Não quero passar por aquilo tudo de novo. Tudo bem compactuar como fato de que sempre que eu gosto de alguém eu me ferro, mas repetir o erro é de mais pra mim. Mas, como diz o meu nick do msn hoje ("mais uma vez eu me vejo procurando as palavras que, ditas ou não, me levarão a um destino inevitável"), ou eu sofro por falar, ou eu sofro por fiar quieta.
Talvez eu só esteja fazendo tempestade em um copo dágua. Talvez tudo isso seja encanação minha e eu esteja me iludindo, criando uma realidade desfavorável para mim (como eu sempre imagino que seja) com os fragmentos que eu ouço sobre ele. Ou talvez eu esteja certa. Talvez...
Quando eu ainda podia dizer que estava legal, eu dizia pra mim mesma: "cansei de amores farsantes". Eu estava cansada de amores platônicos, falsas impressões e palavras vagas, queria algo concreto e palpável. Mas isso tudo acabou ficando conservado dentro de mim, e cresceu consumindo o que restava da minha resitência, e agora eu já não consigo me controlar. De novo.
Eu estou com raiva de mim. Mas não por estar gostando de alguém, e sim por estar gostando do mesmo cara de novo e não saber o que fazer. Esse mais do mesmo, essa repetição, essa falta de criatividade emocional.... Tudo isso cansa, pô! Já não basta o ex ligar no feriado como se nada tivesse acontecido, agora mais esse fantasma sai do meu passado para assombrar o meu presente... Quem será que vai aparecer agora? Melhor não saber.

Alguns fragmentos que têm tudo a ver com meu estado de espírito agora:

I hate everything about you. Why do I love you?- Tree Days Grace
There's always that one person that will always have your heart- Usher
I can't close my eyes and make it go away- U2
And the battle's just begun- U2
You showed me dreams, I wished they'd turn into real- Within Temptation
I won't close my eyes and hide the truth inside. If I don't make it, someone else will- Within Ttemptation
Living is easy with eyes closed- Beatles
I'd love to think you will someday feel the same- Deftones
Lying close to you feeling your heart beating, and I'm wondering what you're dreaming. Wondering if it's me you're seeing- Aerosmith
Was a time when I wasn't sure, but you set my mind at ease. There is no doubt: you're in my heart no- Guns
I wanna get you to myself, you and me, and nobody else can do the things we do- B2K
What doesn't kill me makes me stronger- Nietzsche
So, if you're lonely, you know I'm here waiting for you- Franz Ferdinand
Saiba: todo mundo teve medo, mesmo que seja segredo- Arnaldo Antunes
Toda brincadeira não devia ter hora para acabar- Barão Vermelho
I need your arms around me, I need to feel your touch. I need you understanding, I need your love so much- Cake
You tell me that you love me, so you tell me that you care- Cake
Eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano- Cazuza
Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois- Caetano Veloso
Todo dia é dia, e tudo em nome do amor: essa é a vida que eu quis- Barão Vermelho
Este é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante. E a primeira vez é sempre a última chance- Legião
If I could melt your heart, we'd never be apart- Madonna
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você- Nando Reis
Live forever, I'll be waiting. Everlasting, like the sun- Spice Girls


Bom, é isso aí. Espero acordar amanhã me sentindo melhor depois disso tudo...
Volte sempre e use filtro solar.


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