Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

quinta-feira, julho 07, 2005

Mais anjos: a Aurora e o Crepúsculo

Weeeeee! Finalmente eu entrei de férias! Tut-tut-tut-tut (dancinha tosca pra comemorar)...
E as provas? Po, mandei bem né... Não pude negar as minhas origens como nerd e cabeçuda (9,5 em química!!).

Hehe, uma breve pausa para um comentário da Jill, mas já você não está aqui para ler sobre isso, lá vai.


Aurora era um anjo do dia. Todas as manhãs descia dos salões do paraíso e ia até a morada do sol acordá-lo para que mais uma vez percorresse sua jornada através da terra. Fizera isso por toda a eternidade e era feliz com a perspectiva de fazê-lo para todo o sempre.
Quando o sol saía para o mundo, alegre por ter sido despertado por tão amável criatura, que trazia consigo a luz da face dos deuses, a Aurora o acompanhava. Não para observar a terra, mas sim para deleitar-se com o calor do seu dourado amigo. E ficavam juntos por todo o dia, até que se aproximavam mais uma vez da morada do sol e este ia descansar. Enquanto não chegasse mais uma vez a hora de acordar o grande astro, Aurora subia mais uma vez ao Paraíso e passava as longas horas da noite aos pés dos deuses, juntamente com todos os outros anjos do dia.
Mas uma coisa ela não sabia. Ao se despedir do sol, outro anjo vinha fazer companhia ao astro. Um anjo da noite, e seu nome era Crepúsculo. Ele fazia com que o sol terminasse sua jornada e se recolhesse para recobrar forças. Ficavam juntos por toda a noite, mas o sol não gostava dele, pois privava-o da agradável companhia da Aurora e dos seus amados passeios pela terra. Mas assim sempre foi e sempre seria, então o sol se conformava e aceitava seu destino. Quando o sol já havia recobrado suas forças e se aproximava da hora de sair mais uma vez de sua morada, o Crepúsculo subia mais uma vez aos céus e deixava-o à espera da Aurora.
Enquanto os alegres e brilhantes anjos do dia cumpriam seus deveres na terra, os ainda brilhantes mas não tão alegres anjos da noite recobrarvam as forças e se reuniam junto aos deuses. Depois, quando os anjos da noite saiam para cumprir suas tarefas, era a vez dos anjos do dia se reunirem aos pés dos deuses. Assim sempre foi e assim sempre seria.
Todos os anjos do dia conheciam seus opostos noturnos, e vice-versa. Todos, menos dois. O Crepúsculo e a Aurora nunca haviam se encontrado. Nem na morada do sol nem nos amplos salões do paraíso. Nunca. E passariam toda a eternidade assim se os anjos das nuvens não tivessem tido a idéia de apresentar esses anjos solitários um ao outro.
No dia combinado, grossas nuvens de tempostade se aglomeraram na entrada da casa do sol, impedindo que o Crepúsculo percebesse o fim da noite e a aproximação ha hora da chegada da Aurora. Quando esta desceu para visitar seu grande amigo dourado, não conseguiu encontrar a entrada da morada e na tentativa acabou batendo a cabeça e desmaiando.
O sol ficou alarmado com a demora da sua tão estimada amiga e resolveu pedir ajuda às nuvens próximas para mostrarem-lhe o caminho, já que Aurora não estava lá e ele não podia deixar de passar pela terra naquele dia. Apesar de sempre ter feito o mesmo caminho, o sol nunca decorara o trajeto, já que era a Aurora que lhe indicava a direção a ser tomada. E assim o sol partiu escoltado por uma grossa camada de nuvens cinzentas, enquanto algumas nuvens ficaram na porta da casa sob o pretexto de avisarem à Aurora, quando esta chegasse, que o sol não pudera esperar-lhe naquele dia e sentia muito. As nuvens, por sua vez, convenceram o Crepúsculo a ficar mais um tempo na morada do sol, e explicar melhor toda a situação para o anjo do dia quando esta chegasse, se é que chegaria mesmo.
Mas o Crepúsculo acabou cansando de ficar ali e resolveu voltar para os salões do paraíso. Só que, assim que ele saiu da morada do sol, as nuvens se afastaram e ele acabou avistando, ali caída junto à entrada, um belo anjo dourado, tão dourado quanto ele próprio, mas que pelo brilho e pela aura de alegria que emanava só poderia seu um dos anjos do dia.
Ele não poderia deixá-la ali fora, correndo o risco de se molhar na chuva forte que certamente cairia. E assim ele tomou o belo anjo nos braços e a trouxe para dentro, para deitá-la na grande e macia cama do sol. Como ela era quente! E ele, tão gelado. Com o choque das temperaturas, quase que ele a soltou, mas sentiu que não seria capaz de se separar dela. Por serem tão iguelmente belos e dourados, pensou o Crepúsculo, ela só poderia ser o seu oposto. E então ele se deu conta de que finalmente o havia encontrado, o anjo que correspondia às suas funções e que ele sempre havia desejado encontrar.
O tempo passava, os longos minutos se sobrepunham, e nada da bela Aurora despertar. O Crepúsculo foi ficando cada vez mais preocupado. Não poderia perder o seu par, agora que haviam finalmente se encontrado. Mas ela não acordava, e num sono agitado gemia e parecia febril. O mundo não poderia perder um anjo com uma função tão importante, e ele não poderia conviver com a culpa de ter deixado que ela morresse. Numa atitude desesperada, ergueu-a da cama e a abraçou. Abraçou forte, como nunca antes havia abraçado ninguém. Mas receava não poder ajudá-la, sendo assim tão frio e ela tão quente. Continuou junto a ela por mais algum tempo, minutos que pareceram horas, até que sentiu quel o anjo havia despertado: agora, não era mais ele que abraçava a figura dourada e inerte, eram ambos os anjos que estavam se abraçando.
Ele quis se soltar, não poderia mais continuar junto a um anjo tão quente, ela acabaria se esfriando também. Mas, ao perceber a tentativa do anjo de soltá-la, Aurora disse que não, não deviam se separar por mais que ele insistisse. Ela continuava abraçando-o, dizendo que ele estava muito gelado e precisava se aquecer um pouco, que ela tinha calor suficiente para os dois, e ele não parava de tentar se soltar. Mas se ele era forte, ela também era, e o Crepúsculo acabou cededo. Continuaram juntos por mais tempo, longos minutos que pareceram eras, até que o Crepúsculo não mais era um anjo gelado, e a Aurora deixou de ser um anjo tão quente. Ambos tinham a mesma temperatura, agora muito agradável: nem quente, nem fria.
Quando finalmente se deram conta de que tinham finalmente a mesma temperatura, se soltavam do abraço e se olharam pela primeira vez. Sim, eram realmente o último par de anjos opostos que faltava ser reunido.
O dia já estava quase chegando ao fim quando Aurora se deu conta de que havia deixado o sol seguir sozinho, mas o Crepúsculo tranqüilizou-a, dizendo que nesse dia as nuvens de chuva haviam se encarregado de acompanhar o sol. E ela ficou feliz em poder passar o resto do diz ali com o Crepúsculo. Sentia que nunca mais poderia se separar dele.
E assim o sol retornou para sua morada, feliz por ter finalmente aprendico o cainho, que afinal mostrou-se ser muito simples, e mais feliz ainda por sua amiga dourada estar a salvo e bem. Não ficou muito satisfeito com a notícia de que sua tão querida Aurota nunca mais separaria do Crepúsculo, mas não pensou duas vezes antes de aceitar que, apartir de agora, eles viessem juntos duas vezes por dia, tanto na hora em que o sol sai para sua jornada sobre a terra, quanto na hora em que o sol retorna ao seu lar.
Os deuses também aprovaram a decisão deles, mesmo sabendo que assim todos os anjos do dia iriam se misturar aos da noite, e todos os pares de opostos também ficariam juntos, como afinal tinha que ser.
E a partir dessa data, a hora do nascer e do pô do sol passou a ser a hora mais morna do dia, nem tão quente como sob o brilho do sol e nem tão fria quanto sob a luz da lua. E ninguém ousou discutir a mais nova máxima criada, sob o título de 'moral da hisória': os opostos se atraem.

~Eirianel

Um comentário:

Anônimo disse...

carahooooo!!!!coisa pra caramba hein ju! pra começar: vc tirou 9.5 em quim eu jah sei, mas nao precisa esculaxar, neh?
a historia pra variar eh mto surto, mas eh fofa acima de tudo.
Meu nome, como vc ja ta canzada d saber, significa peq raio d sol, me encontrei nesta historia(pq sera?heheh)
Essa ideia d transformar os fenomenos da natureza em personagens me lembram os tempos da minha infancia(q bonito) e claro, como todo conto, tinha q ter um final feliz!:)
e a moral essa dai eh classica(mxm q na pratica nao de mto certo)
q o sol ilumine os seus caminhos(nossa!esse comentario parece akeles q a sua vó da nos seus 15 anos, desses tipo...desnecessario, mas tb)
soh um ops: vc m disse q qdo escreveu esse testamento tinha acabado d acoradar, por issu q tem alguns errinhos basicos! no creo!!!
imagina c vc estivesse acordada, nao ía caber no seu blog..hehhe
t adoru
bjao

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