Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Cacília Meireles 2: o Retorno!

Olá.

Mais uma vez aqui estou eu, sozinha, na frente do computador, acordada de magrugada.

Mas hoje vai ser diferente. Não estou com tanta disposição para escrever, como estava ontem. Mas vou dar o melhor de mim, como faço sempre que me sento na frente de um teclado para escrever.

Escrever? Não. Sonhar, divagar, viajar, profetizar, desabafar, planejar, reclamar, copiar, implorar. Qualquer coisa, menos escrever. A própria palavra, mesmo resumindo todas as citadas enteriormente, parece um ato mecânico e vazio. O Poeta não escreve. Ele cria. Desenvolve uma nova realidade, onde tudo é possível, onde todos os sonhos se tornarão realidade assim que o sonhador acorda. Onde a grama nasce ou o sol se pôe segundo a sua vontade. Onde se pode ser Deus. Onde se é Deus. Infinito e eterno na sua criação: o texto.

Mas a poesia não é apenas texto. É música. Mas não formada por notas em uma escala estabelecida. Música formada por palavras. Palavras livres. Que tanto podem soar como alegres passarinhos ou um riacho sobre as pedras, como podem parecer a tristeza da morte ou o ressoar da tempestade. Livres e eternas. Imortais e para sempre.

Ah, a poesia. Espelo da Alma e das emoções humanas. Escrava e senhora. Tudo e nada. Apenas poesia.



Inscrição na Areia
por Cecília Meireles

O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!

Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?

O meu amor não tem
importância nenhuma.
Inscrição na areia.
Volte sempre e use filtro solar.


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