Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

quarta-feira, junho 08, 2005

E depois da tempestade...

Ok, eu sei que fui eu que escrevi tudo aquilo... Mas não era exatamente a mesma pessoa que estava de fossa no domingo. Era como se eu estivesse me forçando a ficar bem. Minhas amigas me forçando a ficar bem. Elas não gostam que eu fique mal, e acabam me convencendo a ficar bem, mesmo que isso não seja exatamente a verdade. Na maior parte das vezes é só uma máscara, uma imagem que eu crio ao meu redor para iludir os outros e a mim mesma. Aquele texto era como um mantra para me convencer de que eu estava legal e que a fossa não tinha fundamentos.
Mas como todo escorpiano que se preze é hiper-realista, eu sabia de toda a verdade. E me revoltei.
Na terça feira resolvi mandar o mundo todo para o inferno e assim que me vi livre eu fugi. Sim, fugi das aulas, das pessoas, desliguei o ceular e fui. Quando notei estava na Floresta da Tijuca às 3h da tarde sentada numa pedra vendo a água cair cachoeira a baixo. E eu estava pensando na vida. Sim, eu finalmente havia parado para pensar no que eu estava fazendo comigo mesma, no que estava acontecendo, no que eu queria pra minha vida e o porquê disso tudo. Essas perguntas ecoavam na minha cabeça, até que me veio a resposta.

Era o meu sub-consciente tomando o controle.
Sabe aquelas horas em que você fica achando que precisa gostar de alguem? Então, estava acontecendo o contrário. Eu estava precisando que alguém gostasse de mim. Não gostar pura e simplesmente. Mas que alguém me amasse daquele jeito. E foi por isso que todos aqueles fantasmas voltaram: todos eles, de uma certa forma, me amaram. cada um ao seu modo, mas me amaram. E eu estava desejando ter tudo isso de volta. E eu havia perdido o rumo da minha vida. Há alguns anos, auqndo eu havia me feito a pergunta "o que eu quero para o meu futuro", eu havia respondido que queria entrar pro segundo grau. Agora que eu estou finalmente no segundo grau, me fiz novamente a mesma pergunta mas não soube responder. E fiquei perdida. Acabei começando a fazer tudo intensamente. Minha vida passou a ser uma breve repeticão de muito, muito, muito e mais, muito mais. Mas essa quantidade toda não serve pra nada...
Na verdade serviu sim. Serviu para que eu percebesse que não era isso que eu queria pra mim. Que não é exatamente esse caminho que eu vou seguir.
E agora eu sigo a minha vida calma e tranquilamente, após mais uma tempestade.

Ps.: se eu soubesse que parar pra pensar em algum lugar calmo era tão bom, já teria começado a fazer isso mais vezes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eh julia vc tem tda a razão...pensar qdo vc está em lugar calmo eh mto bom. Ajuda a transparecer a mente e eskecer desse tumulto q nos cerca. De vez em qdo tb me recolho para o meu " covil" ..( o terraço da minha ksa) e olhano para as colinas ( ou morros..rsrs) eskeço da vida e penso no verdadeiro sentido dela. Pena q agora naum tenha tido mais tempo para fazer isso...ou talvez seja falta de vontade...eu simplesmente naum sei. Agora viver intensamente, acho q tdo jovem jah pensou em fazer isso ou ainda faz...mas particularmente naum me atrai naum...axo uma perda de tempo absoluta. Mas o q fazer entaum? Essa eh a grande pergunta....

Bahia disse...

Nossa, altos contrastes entre os posts! :)

Sabe, acho esse negócio de "precisar que alguém goste de você" (ou o contrário) algo meio perigoso. Para mim no final das contas a gente tem que, acima de tudo, conseguir gostar de nós mesmos o bastante para não precisar de alguém. Porque talvez só assim vamos estar em condições de amar e ser amado pela pessoa que for. E só assim nós acabamos com uma pessoa que goste da gente realmente como a gente é. Do contrário acabamos nem sempre ficando com pessoas que nos merecem do nosso lado. Sei lá, talvez eu não tenha conseguido me expressar muito bem. Mas é engraçado, como eu só fui aprender e entender essas coisas com 20 anos de idade, depois de levar uma porrada aqui e acolá na vida real. E graças a isso hoje aprendi a ser feliz de um jeito muito mais simples, e verdadeiro.

Em relação às suas preocupações quanto ao futuro, todo mundo passa por isso a todo momento. Eu também estou com uma série de dúvidas hoje, quanto a o que eu quero fazer da minha vida daqui pra frente. Não pense que num belo dia isso tudo vai passar! :)
Contanto que essas coisas não lhe façam fazer qualquer tipo de loucura, é melhor abstrair :)

Bjos e boa "DIVERSÃO,porra!" pra vc! (é isso mesmo!)

Volte sempre e use filtro solar.


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