Olhe ao seu redor. Esfregue os seus gravetos mentais e acenda um fogo. Acorde o macaquinho do sótom-mental. Eles estão lá, estão por toda a parte, e sustentam o seu mundo. É só ver. O que eles significam? Pra mim? Hum... bem... o que eles significam para você? Veja, simplesmente veja-os. Afinal, as maiores viagens também começaram com um único passo.

quarta-feira, abril 27, 2005

Uma viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos - 2º dia

No dia seguinte, todos acordaram com aquela ressaca e uma dor de cabeça de quebrar os Tijolos Amarelos da Estrada de Tijolos Amarelos.

Depois de muito café forte e banho gelado, conseguimos continuar a nossa jornada até chegarmos a beira do lago, onde o Yellow Submarine nos aguardava. E encontramos um homem que navegou no mar, e que nos contou da sua vida na terra dos submarinos (exatamente como na música). Depois da longa história, convencemos o cara a nos levar para dar um passeio no seu Yellow Submarine totalmente style. Então nós navegamos até o sol, até encontrarmos o mar verde. E todo mundo passou a viagem toda cantando:

In the town where I was born
Lived a man who sailed the sea
And he told us of his life
In the land of submarines

So we sailed up to the sun
Till we found the sea of green
And we lived beneath the waves
In our yellow submarine

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine

And our friends are all on board
Many more of them live next door
And the band begins to play

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine

As we live a life of ease
Everyone of us has all we need
Sky of blue and sea of green
In our yellow submarine.

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
(Yellow Submarine- Lennon/McCartney)
A viagem acabou levando tanto tempo, que quando finalmente acabou ( e a frase "We all live in a yellow submarine, yellow submarine, yellow submarine" ecoava insistentemente na minha cabeça) o dia já havia chegado ao fim.
E acabamos acampando na beira da Estrada de Tijolos Amarelos de novo. MAs hoje não teve festa, estávamos todos cansados de mais. E todos sonharam sonhos felizes, com hipopótamos dançando ballet.
*CONTINUA

segunda-feira, abril 25, 2005

Uma viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos - 1º dia

Hum... Bem.... num belo dia eu (a Rainha de Copas) resolvi, juntamente com as minhas outras duas personalidades, a Dorothy e a Alice, baixar um decreto:
_ Vou fazer uma viagem pela Estrada de Tijolos Amarelos para ver se está tudo tranqüilo no meu Reino, blz? Se mais alguém estiver a fim de ir também, é só fortalecer a idéia. Vou puxar o bonde daqui a pouco.

E assim o mulão se juntou a minha comitiva para não perder nenhum babado da jornada. Até os hóspedes do Castelo de Copas, e os turistas que estavam na antiga residência real, o Castelo de Cartas, resolveram viajar também.

Assim que saímos do Castelo encontramos a Estrada de Tijolos Amarelos. Afinal, uma Estrada de Tijolos Amarelos não é uma coisa que se veja todos os dias ou se confunda com alguma outra (se é que eu nunca ouvi falar em alguma outra estrada feita com algum tipo de pavimentação amarela para alguém poder confundir as duas). Logo que conseguimos alcançar uma velocidade de cruzeiro estável e perdemos o Castelo de Copas de vista atrás da montanha, meus súditos pirados e sem-noção resolveram puxar uma daquelas musiquinhas clássicas de excursão da escola:

_ O Escudeiro robou pão na casa do João!
_ Quem, eu?
_ Tu sim!
_ Eu não!
_ Então quem foi?
_ Foi a Camareira.
_ A Camareira robou pão na casa do João!
_ Quem, eu?
_ ...

E assim cantaram por horas a fio, e todos os presentes foram acusados inúmeras vezes do roubo. Até que um pobre coitado teve a infeliz idéia de cantar:

_ A Rainha robou pão na casa do João!

Não deu pra evitar, e acabou rolando um estresse. Mas o barraco acabou se estendendo por toda a tarde, então tivemos que armar a barraca perto de uma árvore muito famosa que tinha por ali. A árvore é aquela da história da Alice, você já deve ter ouvido falar: ela estava em baixo dessa árvore estudando alguma coisa muito chata com a sua irmã (eu não tenho irmãos, mas a Alice tem.... vá entender...) quando acabou dormindo e sonhando (algumas versões da história dizem que ela puxou um 2, mas isso nunca foi confirmado e ela se nega a dizer), chegando até a ver um coelho correndo com um relógio na mão dizendo que está atrasado. O resto da história você já deve conhecer, mas o que eu tenho que dizer é que eu acabei me cansando daquela viagem toda e tentei tirar a Alice daquele delírio, tanto que eu apareço perto do final da história (eu ainda pego o fdp que me retratou como uma baranga gorda e surtada), mas não tive muito sucesso, tanto que ela volta a realidade sozinha.

Já que não ia dar mesmo pra continuar a viagem naquele dia, acabamos dando uma festinha ao som de "a noite vai ser booooooooa, e tudo vai rolaaaaaaaaar" e tudo rolou mesmo, tanto que todo mundo acabou fazendo aqueeeeeela viagem de novo, afinal o coelho veio pessoalmente buscar a galera. Foi exatamente como está no livro, com direito a bolinhos escritos coma-me, uma tempestade de lágrimas (a Alice sempre se descontrola nessa parte), festas de desaniversário, borboletas de pão-de-mel, uma lagarta fazendo figuras de fumaça, e aquele gato listrado (que até hoje me causa arrepios). Só não teve aquela parte com a Rainha de copas, afinal a Rainha sou eu...

Mas, como toda boa viagem que se preze, terminou. E todos cairam num soninho reconfortante, com direito a sonhos com elefantes feitos de bolhas de sabão e vassouras carregando baldes dágua....
*CONTINUA

domingo, abril 24, 2005

O novo nick no msn e a fuga da realidade

*Dorothy* vou ficar passeando pela estrada de tijolos amarelos para não ir pra escola receber a nota de física (alguém viu os sapatinhos de rubi por aí?)

Hehehe.... Esse nick mostruoso é o que eu vou usar nas minhas seções do msn hoje. Lendo o meu último post (esse que está aqui em baixo) e os comentários das pessoas depois, acabei tendo uma idéia interessante para um post seguindo mais ou menos a mesma linha. Só que dessa vez, em vez de falar da realidade em si, o que ela é ou deixa de ser, vou ficar aqui falando nas tentativas das pessoas em fugir dessa realidade.
Eu estava dizendo que a realidade como nós a conhecemos não é exatamente uma coisa muito agradável, então as pessoas acabam se refugiando em realidades paralelas.... :
"Bom, agora eu vou ficando por aqui, e vou me retirar para a minha realidade particular, aquela que eu visito nos meus sonhos, onde exixtem árvores encantadas, fadas e duendes, e eu posso descansar na paz da companhia dos meus deuses."
Essa é a minha realidade paralela. Meu mundo de sonhos e seres encantados... Foi criada pela minha própria imaginação, para o meu deleite. E todo mundo tem a sua, mas as pessoas podem utilizar outros métodos para a criação da realidade própria, como se fosse um kit faça-você-mesmo. Hehe, gostei desse lance de realidade própria... Todo mundo tem o sonho da realidade própria: sair da realidade dos pais e não ter que viver numa realidade de aluguel. Hauhahauhauhauahuah....
Mas não foi para ser engraçada que eu comecei esse post.
Po, é um lance todo bizarro ficar fugindo da realidade. Tomar a pílula azul e passar a viver num mundo de fantasias, mesmo sabendo que nada disso é real...
Uma coisa que me impressiona, agora que eu parei pra pensar nesse assunto, é como as pessoas criam realidades paralelas, e que ao exibirem essas realidades pra o povão, o povão acaba gostando e comprando a idéia. Quem nunca viu Peter Pan, Alice no País das Maravilhas, ou O Mágico de Oz?? Pois é.... São todas histórias de crianças que visitam realidades paralelas para fugirem de algo que não gostam no mundo real, mas que é inevitável... A Terra do Nunca para as crianças que não queriam crescer, O País das Maravilhas para a menina que não queria estudar, etc, etc, etc.... É sempre assim.
Aí agora eu fiquei sem idéia..... É isso que dá parar por algumas horas o post.... Eu acabei enrolando, e o meu raciocínio não ta fluindo legal.

Então esse post fica aqui só para constar. Em breve eu coloco um que seja digno.

domingo, abril 17, 2005

A chuva, os posers e a realidade

Hoje está chovendo. Sempre que isso acontece eu fico lembrando daquela musiquinha
clássica: "chove chuuuuuva, chove sem paraaaaaaaar".... Por que será? rsrs...
Mas ao mesmo tempo me bate uma solidão... Dá aquela vontade de estar com alguém, dormir abaçadinho... Fica friozinho né, uma amostra-grátis de inverno... Mas eu tô sozinha.
Ai que triste ficar falando sobre isso. Meus leitores já devem estar de saco cheio de ler sobre fossa e solidão. Daqui a pouco isso vai realmente ficar parecendo um blog gótico, daquelas adolescentes toscas que acham que se vestir de preto é tirar onda... Também nem rola ficar falando sobre isso... Todo mundo já está cansado de saber que isso é uma faze que felismente todas elas superam. Poser que é poser mesmo sempre supera essa faze e volta pra realidade. Realidade esta que nem sempre é mais divertida, mas fazer o quê né... É a realidade apesar de tudo.
Tá aí! uma ideia interessante pasa um post.... A realidade.
Po, tem gente que delira na moral sobre isso... No melhor estilo Matrix: tudo é controlado por alguma entidade superior, que estamos presos a uma realidade virtual, que tudo não passa de um sonho. Ou MIB: somos uma parte mínima no gigantesco universo que nos cerca, e que o ser humano não é de nada.
"Será que esse mundo é o Inferno de outro mundo?" Huahuahauhauha... Muito delírio! Mas faz sentido. O pior é que realmente faz sentido. Ou será que esse mundo está preso ao texto escrito num gigantesco Livro do Destino, ou que somos apenas peças num jogo cruel entre os deuses? E será mesmo que esses deuses existem? Ou será mesmo que eles são apenas o resultado da necessidade dos homens de acreditar serem verdadeiramente impotentes em relação aos acontecimentos... Seriam os deuses grandes amigos imaginários? Estamos na era do niilismo (é assim que se esreve?): o sonho acabou. Ninguém mais acredita em socialismo, comunidade alternativa, Mao Tse Tung, Che Guevara, viagem à lua, ou viagem com LSD. Acabou tudo. A festa acabou tembém. A realidade é dura e machuca. Você tem que estudar, você tem que passar no vestibular, você tem que ganhar dinheiro, você tem que ser o orgulho da família e casar com alguém legal. Você tem que corresponder as pressões dos seus pais. Não me admira nada que os jovens japas estão vivendo trancados em seus quartos, tendo o computador como único elo com o mundo. Em certos casos eu até penso nessa possibilidade. O que eu vou ser quando crescer? Já estou em contagem regressiva para entregar em um formulário a resposta dessa minha pergunta, e nem sei bem a resposta para o ítem anteriora ela: quem sou eu? Pois é... Eu posso muito bem achar que eu sou a Ju, a Rainha de Copas nas horas vagas. Mas isso bem pode ser coisa da minha imaginação.... Uma mensagem transmitida para o meu cérebro através de uma conexão no meu pescoço, e que ele acha que é a realidade...

"Free your mind"

Bom, agora eu vou ficando por aqui, e vou me retirar para a minha realidade particular, aquela que eu visito nos meus sonhos, onde exixtem árvores encantadas, fadas e duendes, e eu posso descansar na paz da companhia dos meus deuses.
Até a próxima ^_^
Ah, tô lançando uma campanha: aceita-se doações de idéias para post, novas ou usadas (pode deixar que eu dou crédito).

sábado, abril 16, 2005

Calling all angels...




Calling all angels- Lenny Kravitz
Calling all angels
I need you near to the ground
I miss you dearly
Can you hear me on your cloud?

All of my life
I've been waiting for someone to love
All of my life
I've been waiting for something to love

Calling all angels
I need you near to the ground
I have been kneeling
And praying to hear a sound
All of my life
I've been waiting for someone to love
All of my life
I've been waiting for something to love

Day by day
Through the years
Make my way
Day by day...
*Tive uma idéia ótima para um post, mas não tá saindo.
Pelo menos essa música é linda e a foto tem tudo a ver....

quinta-feira, abril 14, 2005

Nada como o tempo...

Hum, bem... A fossa passou, então eu me recuso a escrever de novo naquele post.... Mas eu não vou tirar ele
daqui não. Fica pelo menos para constar que eu fico de fossa de vez em quando.... rsrs

Pois é, nada como um dia depois do outro. O tempo é o melhor remédio para todas as feridas, e eu digo isso por experiência própria XD
Agora o grande lance é seguir em frente tocando a minha vida, estudando para as provas que começam no sábado (e eu ainda nem comecei), e recuperando o tempo perdido, que é o principal.

Hoje eu não estou com nenhuma idéia mirabolante para um post gigante... Nem estou com tempo pra explicar todo o meu plano de ataque pra recuperar o tempo perdido. Mas aguardem novidades XD

Ah, eu gostaria de deixar aqui um agradecimento mais do que especial pra todo mundo que tem me ajudado nessas últimas horas difíceis pelas quais eu tenho passado:

Bruninho: você sabe que mora no meu coração, né?... Valeuzão pela força que você me dá sempre!

Tat: quem mais me entenderia tão bem, né amiga? Minha irmazinha querida, você sabe que pode contar comigo sempre que precisar!

Juliana: amigaaaaaaa, só você pra me mostrar que há salvação para todos, e que nenhuma fossa resiste ao carinho dos amigos... Tô contigo e não abro!

e também: todo mundo que me deu uma força...

Hehehe, é isso aí. Se esqueci de mencionar alguém, sorry...

segunda-feira, abril 11, 2005

sem título ainda

Calma gente, eu não surtei! Ainda...
Eu só não consegui terminar de postar... Minha internet é que resolveu não me deixar terminar... Então ficaram só as imagens sozinhas. Quem veio aqui ontem de noite viu... ;-)

E como foi bem observado, a carência voltou... Mas não exatamente na forma como a conhecíamos, e sim em uma forma totalmente nova. Fizeram um upgrade, uma versão 2.0 beta totalmente reformulada. E tudo isso pra acabar comigo. Nada pessoal, imagina!...
O pior é que isso é culpa minha. Fui eu que plantei vento pra colher tempestade.... Eu terminei o meu namoro. Tudo bem que foi o melhor que eu poderia ter feito. Mas mesmo assim não é uma coisa legal, nem nunca vai ser, né... Mas eu não quero falar sobre isso. Vai me deixar mais pra baixo ainda.
Quem me viu na escola hoje de manhã deve ter ficado se perguntando qual foi o prêmio que eu ganhei ou qual a festa suer-bombada que eu fui, pois eu estava radiante de felicidade. Mas era tudo fingimento. Eu estava fingindo para mim mesma que estava tudo bem e que eu estava feliz...
Mas não tava não. E acabei realizando isso antes mesmo do fim da manhã... Ai que coisa triste... São nessas horas em que os verdadeiros amigos se revelam: quando você está bem mal... Ainda bem que eu tenho alguns!


Ai, eu fiquei mal mesmo... Todo mundo deve ter notado. E se ainda não notaram vão notar amanhã, porque eu provavelmente vou estar bem ruim ainda.....
Bem, não dá mais pra continuar esse texto agora... O teclado do mmc do curso de inglês é uma merda, e o resto do texto está em casa....








Ah, os comentários desde post estarão bloqueados até que eu termine....

domingo, abril 03, 2005

A história do menino que chorava e da menina que era sempre feliz

No que será que eu estava pensando ontem?? Po, eu não tô lembrando de nada.... Que decadência!... Po, então vamos tentar alguma outra coisa.

*Listening to: Viva Forever, Spice Girls.

É, assistir ao final de Ayashi no Ceres me deixou um tanto quanto emotiva.... Estou me sentindo uma mulherzinha ultimamente... Ultimamente eu to chorando! Pois é... Chorei quando briguei com o namorado, chorei depois de ter voltado com ele, chorei admirando o luar, chorei quando o papa morreu, chorei quando morreu o velhinho na novela do "Vale a pena ver de novo", chorei quando me fodi em física, e agora chorei quando acabou a série de anime que eu estava assistindo agora a pouco.Ultimamente eu tenho chorado, chorado, chorado e, quando eu acho que parei, eu choro mais um pouco. Aaaaaaargh! Por que será que isso acontece com as pessoas? Digo, por que as pessoas se sentem mal quando estão mais emotivas, e sentem tanta dificuldade em admitir que choram? Antigamente chorar era coisa de mulher, mas hoje em dia nem mesmo as mulheres choram!! Será isso mais um fruto da nossa sociedade cruel e manipuladora?? Uuuuhhh... Onde será que nós vamos parrar assim?? Daqui a pouco ouvir alguém dizendo "eu te amo" vai ser tão difícil quanto é ver alguém chorando hoje em dia.... Fiquei com medo agora!

Ah, pouco a pouco eu vou lembrando das coisas que eu ia escrever mas acabava esquecendo... Bem, vamos fazer a historinha de alguém imaginário então:...

Era uma vez uma menina que não chorava. Ao contrário, não ficava triste com nada, e sempre via o lado bom de tudo. Então ela estava sempre feliz. Mas nem tudo eram flores: algumas coisas não tinham um lado bom, então ela se forçava a apresentar uma aparência feliz, mesmo estanso triste por dentro. E mesmo essa tristeza ela se forçava a esquecer, e passava por cima das adversidades com o pensamento fixo de que "nada é totalmente ruim".

Do outro lado da cidade vivia um menino que sempre via o lado ruim das coisas, de uma certa forma. Não era bem o lado ruim, era o lado verdadeiro das coisas. E nem sempre a verdade é boa... Mas nem por isso ele era pessimista. Havia sempre aquele brilho de esperança no olhar dele. E ele chorava. Sim, era um menino que não tinha nada contra expressar seus sentimentos. Não via o menos problema em demonstrar estar triste com alguma coisa, e demonstrar é o primeiro passo para superar.

Um belo dia foi o primeiro dia de aula. Não um primeiríssimo dia de aula, quando as crianças vão para o jardim ou para a classe de alfabetização (o CA)... O primeiro dia de aula na quinta série. A menina estava radiante: era o seu primeiro dia na escola nova e, apesar de estar com saudade dos amigos que ficaram no colégio antigo, estava feliz com a idéia de conhecer muitas pessoas novas. O menino não estava tão animado assim. Estava com saudades dos amigos da escola antiga também, e no fundo sabia que iria acabar substituindo-os pelos amigos que iria fazer no novo colégio.

Na hora do recreio, as crianças brincavam alegremente, aproveitando a bela manhã de sol. Nem reparavam na menina que comia sozinha na ponta do banco perto do muro. Muito menos no meino que também comia sozinho, sentado na outra ponta do mesmo banco. Mas ele via a menina, e a menina percebia ele também. Ela ficava se perguntando "por que aquele menino chora em silêncio quando está um dia tão lindo e todos brincam tão animados?" enquanto ele se perguntava "por que aquela menina me olha com um sorriso tão alegre e espontãneo? ela não percebe que as outras crianças nos ignoram e que será muito difícil conquistá-los como amigos?".

Então a menina se sentou mais perto do menino, e eles começaram a conversar. A professora, ao longe, apenas observava seus dois novos pupilos. Percebia a grande transformação que aquelas duas crianças tão diferentes trariam para suas vidas, e para toda a turma. Eles passaram todo o recreio conversando, e durante a aula que veio a seguir puseram suas mesas uma ao lado da outra. E conversavam em todos os momentos possíveis. Conversaram na saída, e descobriram que voltariam juntos na mesma condução (N.E.: uma espécie de ônibus que leva os alunos da escola pra casa). Continuaram conversando durante a volta pra casa e descobriram que moravam na mesma rua.

No dia seguinte, um esperou o outro para irem juntos e, ao se reencontrarem, se abraçaram come se tivessem passado todo o verão separadados.

E assim se passou a quinta série: sentaram juntos o ano todo, estudavam juntos para as provas, estavam sempre juntos nos grupos para fazer so trabalhos, e até eram do mesmo time de Queimado no recreio. Com o tempo conseguiram se enturmar, mas todos os outros ficaram em segundo plano. Quando um ficava doente, o outro chegava da escola e ia imediatamente visitar o outro. As mães nem se preocupavam quando não encontravam o menino ou a menina em casa. Onde um estivesse o outro certamente estaria. E eles estariam bem porque estariam juntos.

Nas férias viajaram juntos, e um foi pra casa da titia do outro. Os adultos achavam bonitinho um menino e uma menina tão diferentes se danto tão bem e sento tão unidos.

Na sexta série as coisas continuavam como sempre, e na sétima também. Quem os visse acharia que eram irmãos ou então namorados.

E foi justamente quando as coisas iam tão bem, que tudo começou a desandar. Chegou a oitava série, e os outros alunos começaram a mudar. O queimado no recreio acabou, e começaram a aparecer os primeiros namoradinhos. O termo BV passou a fazer parte do vocabulário da turma, e utilizá-lo de forma inadequada gerava briga, ou fazia uma garota ir correndo chorar no banheiro. E o menino começou a gostar da garota popular da escola, e a menina começou a gostar do garoto mais popular. E eles se distanciaram. O garoto começou a andar todo cabisbaixo, chorando pelos cantos ("ela não vai me notar nunca") e a menina mais alegre do que nunca ("ele ainda vai reparar em mim"). E eles nem se falavam mais, e passavam as aulas com os outras pessoas. Nunca mais voltaram juntos, ou sentaram um do lado do outro. Nem conversavam baixinho durante a aula. Quem os visse diria que nem se conheciam.

Os dias iam passando, e cada um com o seu amor platônico e seus novos amigos, e a cada dia eles iam sentindo um vazio que ia crescendo. Alguma coisa estava faltando. Até que um dia eles perceberam: o menino sentia falta da menina e seu sorriso eterno, que sempre lhe mostrava que a vida tinha um lado bom, e a menina estava sentindo falta dos olhos tristem do menino, que sempre lhe mostravam que nem tudo na vida é alegre e bonito.

E eles se reencontraram na escola no dia seguinte. E se abraçaram, como se desde aquele primeiro dia no recreio eles não se vissem. E se beijaram. Sim, como se tivessem combinado tudo antes, apenas se soltaram so abraço, se olharam, e então aconteceu. E foram transportado para o mundo que eles haviam contruído só para eles, na época em que eram melhores amigos e jogavam queimado no recreio. Nem ouviam os outros alunos fazendo comentários e gracejos, nem ouviram o sinal tocar, anunciando o unício da aula naquele dia.

A professora estranhou a falta dos dois alunos, mas sabia que agora tudo iria ficar bem. Eles estavam juntos de novo: o realismo de ver as coisas como são e a capacidade de ver o lado bom das coisas, apesar de tudo. Eles estavam juntos, e para sempre.

THE END

Bem, não ficou exatamente o que eu esperava, não explorei bem o ponto de vista dos dois protagonistas... Mas eu gostei. Ficou fofinha! XD

sábado, abril 02, 2005

Tentativa frustrada de post 2: o retorno

Pois é... Mais uma vez eu sento na frente do pc e tento vencer o sono para postar alguma coisa coerente e que faça os meus leitores voltarem aqui mais vezes....
Até que dessa vez eu tenho algumas coisas legaizinhas pra dizer... MAS O SONO NÃO ME DEIXA ESCREVE-LAS!
Pois é... Mais uma vez eu fui vencida por ele.... Vou acabar partindo numa busca incessável como um cavaleiro medieval. Mas em vez de matar feras e resgatar donzelas (mulher não é bem o meu forte... meu lance é com homem), vou lutar pela erradicação do sono nas noites de sábado!

*po, até que tive uma ideia maneira.... amanhã eu continuo. Juro!

Esse lance de escrever tentativas frustradas de post ainda vai levar o meu Castelo a decadência.... O turismo é muito importante para a manutenção da economia nos pequenos reinos... XD

obs.: esse XD vicia....

sexta-feira, abril 01, 2005

Tentativa frustrada de post, ou "tempestade de idéias"

Na na na na na....
A idéia do post anterior até que me pareceu bem promissora no início, mas não rendeu nem metade do que eu esperava.... Nem vou colocá-lo aqui.
Seguindo a tendência generalizada, estou numa crize de inspiração muuuuuito profunda... Eu começo a escrever alguma coisa, e acabo perdendo a idéia ou me distraindo com alguma coisa.... Ultimamente eu tenho me ferrado na escola, e nos tempos vagos, assistido animes (já assisti bastante Fushigi Yuugi e Ayashi no Ceres)... Mas nem tenho base pra ficar falando de anime aqui, então pula esse assunto.

*esse post continua assim que as idéias voltarem*
Volte sempre e use filtro solar.


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